5 de março de 2015

Porque é que as equipas ganham? E o Sporting?

Este é o primeiro de dois jogos fundamentais com o Nacional para salvar a época leonina.

Eu defino que a época se encontra salva quando se atingem objectivos que no início dessa mesma época nos fariam ficar satisfeitos.

Por exemplo, se me dissessem no início da época que o Benfica iria ficar em segundo lugar a poucos pontos do Porto e ganhar a taça de Portugal eu seria capaz de me satisfazer com esse desfecho final dada a sangria infligida ao nosso plantel e o investimento feito pelo Porto.

No Sporting passa-se o mesmo. O terceiro lugar de acesso à Champions, uma boa campanha europeia e uma Taça de Portugal a encerrar a temporada tornaria a época do Sporting satisfatória e com boas perspectivas para iniciar a próxima época. Vencer um troféu é coisa que para os lados de Alvalade já não se obtêm à muito tempo e é tempo do clube leonino reconstruir o hábito de ganhar.

Só quem não percebe nada de futebol é que não consegue entender o efeito que a Taça de Portugal ganha por Camacho ao Porto de Mourinho teve de influência no campeonato seguinte ganho por Trapatonni. Quando muita gente desvalorizava a Taça da Liga, eu sempre fui da opinião que aquela Taça ganha por Quique Flores foi o primeiro dos já muitos troféus ganhos pelo Benfica de Jorge Jesus.

O futebol e as equipas são mesmo assim. Quando o equilíbrio é a nota dominante numa competição, ganha a equipa que está mais habituada a fazê-lo, mesmo que porventura não seja a melhor. Foi também assim que o Porto obteve tantos dos seus títulos ou que o Benfica de 93/94 derrotou uma super equipa do Sporting com Figo, Cadete, Balakov, Valcks, Paulo Sousa ou Pacheco.


Em suma, quando as equipas têm uma matriz vitoriosa estarão sempre mais próximas de ganhar e essa matriz só se obtém de uma forma que é conquistando canecos.

2 comentários:

  1. Sinceramente tu achas que essa equipa do Spor7ing era superior à equipa do Benfica!?

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  2. Sem dúvida. O Sporting partia para essa época com um investimento enorme no plantel. Os únicos jogadores jovens do seu 11 eram todos eles já umas certezas (Figo, Capucho e Paulo Sousa). Os restantes jogadores eram jogadores maduros, no auge da sua carreira e com uma enorme qualidade como Cadete, Balakov, Pacheco, Valcks, Yordanov ou Vujacic.

    Por sua vez o Benfica vinha do verão quente onde tinha perdido Paulo Sousa e Pacheco. Yuran e Kulkov davam imensos problemas de balneário e na parte final da época deixaram de contar, Kenedy, Helder, JVP, Rui Costa e Abel Xavier eram muito jovens, havia salários em atraso constantemente...
    Valeu ao Benfica a liderança de Veloso e Mozer, a experiência e o repentismo de Vitor Paneira e Isaías, e a magia de JVP e Rui Costa.

    O Benfica foi uma equipa que se foi construindo e crescendo ao longo da época dentro de um clube de matriz vencedora. O Sporting tinha uma super equipa que estava incluída numa matriz de um clube perdedor. Isso ditou o resultado final dessa época.

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